Sobre o blog...



Não sou musicista... nem referência para falar sobre o assunto... mesmo assim, me atreverei a alimentar o "Open Fire" com informações referentes a bandas de Metal e suas diversas vertentes... tais como Thrash, Death e Black Metal. Mas, não ficarão de fora das abordagens... gêneros musicais a exemplo do Punk, Hardcore, Rock'n Roll, Blues, Jazz e outros sons chapados que rolam mundo à fora. A proposta é divulgar shows, lançamentos de discos, turnês, novos projetos e outras "coisitas mas". É isso!



quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Pernambuco exporta bandas de metal para Europa


A banda de brutal Death Infested Blood segue excursão, até outubro, fazendo 30 shows em 13 países do continente europeu com a Decimating Europe Tour 2010.

Sair do Brasil e tocar Metal em países da Europa não parece ser uma missão muito fácil já que nestes lugares som extremo e agressivo faz parte da cultura local e, por isso, é muito bem apreciado. É preciso um pouco mais que competência para para atravessar o oceano e encarar fazer uma porrada de shows para um público bastante exigente.

No Recife, a freqüência com a qual as bandas do estilo aceitam este desafio tem sido cada vez maior. Esta semana, foi a vez do Infested Blood embarcar para o continente europeu, onde fará 30 apresentações em 13 países durante este mês, setembro e outubro. Detalhe, todos os shows foram articulados de forma independente.

Mas esta não é a única novidade do Infested. No último show em que se apresentaram no Recife, no Extreme Conditions 2, que aconteceu no Bomber, sábado passado, a banda subiu no palco sem o vocalista, Cristiano Alexandre que se afastou do grupo por motivos pessoais. Quem assume os vocais guturais que oscilam em linhas graves e outras mais rasgadas é o guitarrista Diego Araújo, permanecendo ao lado do baixista Eduardo Baenre e do batera Beto Santos. Na ocasião, o público se mostrou satisfeito com a surpresa.

O Infested já está na estrada há 11 anos e é considerada pelos headbengers uma das maiores referências do Death Metal pernambucano. De acordo com Diego Araújo a banda faz um som New School Of Brutal Death Metal. O estilo é um pouco diferente do Death convencional porque, segundo Araújo, é um som mais virtuoso e rápido. Com a turnê Decimating Europe Tour 2010 os caras se apresentam na Alemanha, Polônia, Ungria, Romênia, Grécia, França, Macedônia, Sérvia, Holanda, Espanha, Portugal, Bélgica e outros países do leste europeu.

“Para articular a turnê criei uma produtora, a Bregan Daer The Productions. E com este nome comecei a vender o trabalho da banda enviando milhares de e-mails e recebendo poucas propostas, inicialmente. Outro reforço foi através do myspace da banda. A gente foi fazendo os contatos e, então, fechamos a turnê. Vale ressaltar que são poucas as bandas de metal do Nordeste que conseguem sair do País. Geralmente, as bandas de São Paulo fazem mais shows no exterior. Com isso, nossa passagem pela Europa vai solidificar ainda mais o nome do Infested Blood e não deixa de promover, também, outros grupos nordestinos”, contou o guitarrista.

Durante a Decimating Europe Tour 2010 os gringos terão acesso às músicas dos quatro discos gravados ao longo da carreira da banda. O primeiro é o "Brutality in Extrems”, uma demo gravada entre 1999 e 2000. Em 2003 os caras lançaram, no Abril pro Rock, o debut "The Masters of Grotesque". Dois anos mais tarde é a vez do disco "Tribute to Apocalypse", composto, segundo Diegi, de hinos dedicados ao extremo do Brutal, com uma violência num novo estilo New School de Brutal Extremo. Já o terceiro álbum, gravado entre 2008 e 2009, é o Interplanar Decimation.

Os dois primeiros discos saíram pela Blackout Records, de João Marinho da Blackout Discos. O Interplanar Decimation é que foi lançado pela gravadora russa Stygian Crypt. Além de bancar a gravação do novo disco, a gravadora contratou o famoso artista Jon Zig, pintor de grandes capas do Suffocation, Deeds of Flesh, Disgorge (USA) e Sinister para fazer a capa desse grande opus do Brutal Death Metal Extremo Brasileiro.

“Este foi um passo extremamente importante para a carreira do Infested Blood. Sem falar que a Stygian Crypt também relançou nossos dois primeiros discos”, afirmou o guitarrista e vocalista da banda que também é integrante do Malkuth, uma das pioneiras do Black Metal pernambucano.

Para mais informações acessem www.myspace.com/infestedblood

3 comentários:

  1. O grande trunfo do underground está no fato deste operar muito em torno da filosofia do faça você mesmo, intencionalmente ou não. Fazer muito com pouco. O caso desses caras reflete bem isso.
    Vão fazer uma turnê européia após o esforço louvável de organizar tudo (os álbuns, a turnê e etc) através de suas redes sociais. Muito diferente dos consórcios entre grandes gravadoras e produtoras que meio que selecionam e impulsionam, de um ou de outro modo, certas bandas a estarem em determinada cena para gerar lucros. Meio reducionista, mas é mais ou menos isso.
    Não sei se o objetivo da Infested é fazer parte ou não desse mercado, não os conheço. Mas quero dizer que não se pode ignorar o valor que esses caras têm pra pernambuco e pro underground, de forma geral. O valor que a produção independente possui está aí, justamente por operar nos moldes descritos acima.
    O processo de criação artística se torna muito mais autônomo quando não se é cooptado por uma grande gravadora (não estou falando da Stygian Crypt), pois não haverão quaisquer demandas contratuais impostas aos artistas. Essa mecanização do processo criativo é o que tem arruinado grandes bandas hoje em dia que outrora foram seduzidas pelo capital.
    Uma arte pura - arte pela arte, mesmo - não pode estar vinculada à quaisquer questões morais ou utilitaristas. Me dá certo medo (provinciano ou fruto de uma visão pessimista mesmo, quem sabe) de que o processo de expansão das fronteiras de certas bandas não estejam sendo feitos "com cuidado". Sem querer escrotar na argumentação, mas detestaria ver acontecer com nossas bandas o que aconteceu com uma Sepultura da vida, digamos. (alguns vão querer me apedrejar agora, por ter falado isso :D)
    Torço muito pra que esses caras, assim como todas as bandas de pernambuco, cresçam ainda mais sem, entretanto, perder a dignidade.
    Estando aqui ou em outros países, "fazendo mais ou menos sucesso", seu processo criativo não deve jamais ser afetado por questões materialistas ou utilitaristas de alguma forma. Perder isso é perder a essência de uma coisa que os colocou na atual posição que ocupam e fechar muitas futuras portas que os levariam a uma realização pessoal. É eu sou sim pessimista pra caralho.
    Enfim, esse post me deixou pensando muita coisa. Fiquei pensando em tudo isso mesmo depois de algumas horas que li o post.
    Parabéns, de verdade, pelo blog ^^

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  2. cara ru conheço varias bandas mais fiquei em duvida
    em fim parabéns!

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