Sobre o blog...



Não sou musicista... nem referência para falar sobre o assunto... mesmo assim, me atreverei a alimentar o "Open Fire" com informações referentes a bandas de Metal e suas diversas vertentes... tais como Thrash, Death e Black Metal. Mas, não ficarão de fora das abordagens... gêneros musicais a exemplo do Punk, Hardcore, Rock'n Roll, Blues, Jazz e outros sons chapados que rolam mundo à fora. A proposta é divulgar shows, lançamentos de discos, turnês, novos projetos e outras "coisitas mas". É isso!



sexta-feira, 10 de junho de 2011

Festival celebra underground nordestino



Hellcife Metal Fest congrega, neste sábado 11 de junho, no Bomber Rock Bar, cinco das mais representativas bandas do cenário metal de Pernambuco, Paraíba e Alagoas


Por Wilfred Gadelha

Death, thrash, grindcore e até mesmo música regional. Quem for no sábado 11 de junho ao tradicional point do metal recifense, o Bomber Rock Bar, vai ter oportunidade de conferir as mais variadas representações da música pesada nordestina, num encontro de gerações e estilos. Infected Mind (PB), Code (AL), Cangaço, Rabujos e Pandemmy, as últimas três, pernambucanas da gema, prometem não deixar ninguém parado.

Vindo de Campina Grande, o quinteto Infected Mind é um dos mais experientes da noite e já dividiu palco com Korzus, Violator e Torture Squad, entre outras. Tendo na bagagem o CD Rascals of Destruction, lançado em 2006, os paraibanos acabaram de gravar o seu segundo álbum, intitulado Keep the Hate. A banda de death thrash metal conta em suas fileiras com o guitarrista Fábio Rolim, ex-integrante da lendária formação paraibana Nephastus

O Code, de Maceió, é uma espécie de all-star band do Nordeste. A banda traz em sua formação os paraibanos “exilados” em Alagoas Kedma Villar (vocalista, ex-baterista da primeira banda de death metal feminina do mundo, a campinense Mortífera), Yuri Villar (ex-guitarrista do Behavior) e Tárcio Bezerra (que fez carreira como baterista nas bandas Krueger e Nephastus), que se juntaram a Myro Rodrigues (ex-baixista da alagoana Avoid) e ao mineiro Reges Madureira, que já pilotou as guitarras da clássica banda Lou Cypher, de Belo Horizonte.

“Tocar no Recife é muito importante pra qualquer banda. Depois de 20 anos (a última vez foi na bateria do Mortífera, no Sport Club, em 1991), terei a chance de tocar para amigos de velha data, ao lado de amigos, na casa de amigos, num show produzido por amigos - o que aumenta a responsabilidade da performance. O Hellcife vai ser uma grande celebração ao metal e às amizades duradouras, construídas nesse meio”, diz a vocalista.

O Rabujos é pancadaria pura. Seu grindcore com pitadas de death metal já foi visto no Abril Pro Rock. Com duas músicas na coletânea Terra Batida, patrocinada pelo Funcultura, o quarteto é um dos pricipais expoentes do estilo no Nordeste.

O Cangaço é a nova joia da música pesada brasileira. Com pouco mais de um ano em atividade, tem em seu currículo a histórica vitória na seletiva nacional para o maior festival de metal do mundo, o Wacken Open Air, onde se apresentou em agosto de 2010. Um dos destaques do Abril Pro Rock 2011, o trio lança no Hellcife Metal Fest o seu EP Positivo, onde a banda mergulha mais ainda na mistura de death metal com música nordestina.

Já o Pandemmy chega ao Hellcife com moral. A banda vai representar Pernambuco na final nacional do Wacken Metal Battle, no festival Roça’n’Roll, em Varginha (MG), no dia 24 de junho. “Vamos representar a garra de nossa terra através de nossas canções e cimentar ainda mais o espírito lutador, ferrenho e criativo que é comum a nós pernambucanos, principalmente no terreno da música”, diz o vocalista Rafael Gorga. O quinteto de death thrash acaba de soltar o EP Idiocracy.


HELLCIFE, O FILME

O festival também será a oportunidade de os headbangers pernambucanos assistirem à “première” do curta-piloto Hellcife – Transformações: a cena metal no Recife pós-mangue. O filme é resultado da pesquisa cultural homônima, patrocinada pela Fundarpe e pelo Funcultura. “O projeto é apenas a ponta do iceberg. Vai se desdobrar em outras iniciativas: livro, documentário, disco. Vem muito mais por aí”, diz o jornalista Wilfred Gadêlha, diretor do curta, baseado no trabalho feito pelos pesquisadores pernambucanos Daniela Maria Ferreira e Amílcar Bezerra, além do francês Jorge de la Barre.


SERVIÇO

O QUÊ? Hellcife Metal Fest, com as bandas Infected Mind (PB), Code (AL), Cangaço, Rabujos e Pandemmy. Apresentação do curta Hellcife - Transformações: a cena metal no Recife pós-mangue

QUANDO? Sábado 11 de junho, a partir das 22h

ONDE? Bomber Rock Bar – Rua Álvarez Cabral, 142, Bairro do Recife

QUANTO? R$ 12,00. Ingressos à venda no local do show

RDP, 30 anos de pancadaria




Há tempos, o palco do Mercado Eufrásio Barbosa, em Olinda, não recebia tantas bandas com som de peso, como na última sexta-feira. O período de jejum foi dignamente quebrado não só pelas atrações, mas pelo expressivo público, de diferentes gerações, que estavam ali para ver o memorável show de 30 anos do Ratos de Porão e das pernambucanas Nação Corrompida, Rabujos, Miami Device e Infested Blood.

A abertura do evento ficou por conta da Nação Corrompida, que faz um som que transita entre o hardcore e o crossover. Os caras deram conta do recado e começaram a instigar o púbico, se aquecia para encarar a sequencia dos próximos shows. Miame Devace fez uma apresentação com um som que, destoava com os das demais bandas, é o que se ouvia falar entre o público. O caixa da guitarra apresentou problemas e depois de 15 minutos a Miami retomou o show.

Em seguida foi a vez do Infested Blood subir no palco e atrair para frente dele vários apreciadores de som extremo. A banda é considerada uma das maiores referências do Death Metal pernambucano e tem mais de uma década de estrada, quatro discos gravados e no ano passado percorreu 13 países do continente europeu com a turnê Decimating Europe Tour 2010. A apresentação do trio foi bem enérgica e o público instigou com o som rápido e virtuso New School Of Brutal Death Metal, executado pelo Infested.

Depois foi a vez do Rabujos subir ao palco. Apesar da competência dos caras, o som não ajudou para que a banda fizesse um excelente show. Mal se ouvia a guitarra e a voz também tava baixa. Mesmo assim, o que se pode ver foi a instigante roda de pogo e público acompanhando o vocalista, Jaques, nas letras “Exílio”, “Contra tudo”, “Cadáver”, além do cover do Pig Destroyer, Beco.

É chegada a hora da banda mais esperada tomar o palco. Assim que pegou o microfone, o vocalista do Ratos de Porão, João Gordo, cumprimenta os presentes dizendo que é sempre um prazer tocar em Pernambuco é porque o público era “foda” e muito instigado. O Gordo, Jão (guitarra), Juninho (baixo) e Boka (bateria), deram largada ao primeiro show da turnê pelo Brasil. Apesar das falhas do som, o público não desanimou em hora nenhuma. Ao contrário, á formava uma roda gigante, que tomava todo salão do Eufrásio. Depois disso, o que se via era adulto, adolescente, homens e mulheres, dando uma sequencia de “moshs”. O que se intensificou depois que o Gordo reclamou com um segurança que expulsava os que se preparavam para se jogarem do palco.

A última vez que o Ratos se apresentou em Pernambuco foi no Abril pro Rock do ano passado. Mas, o público se mostrava tão sedento em aproveitar o show, que parecia até que fazia anos que a banda não aparecia por aqui. Em meio ao show o gordo dedicou “Testemunha do Apocalipse” aos seus dois filhos. Em seguida, como não podia deixar de ser, os caras tocaram “Agressão Repressão”, “Beber até morrer” “Sentir Ódio e Nada Mais”, “Caos”, “Crucificados pelo Sistema”, entre outros sons que tornavam a roda cada vez mais atrocidante.